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Dez municípios do estado do Rio iniciam uso de novas armadilhas para monitoramento da dengue

Dez municípios do estado do Rio iniciam uso de novas armadilhas para monitoramento da dengue

Secretaria de Estado de Saúde coordena implantação de projeto que utiliza ovitrampas

Diante do cenário de aumento de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro, dez municípios foram selecionados para participar de um projeto-piloto que vai aprimorar o monitoramento da infestação pelo mosquito Aedes aegypti no ambiente. O treinamento para a implantação da nova ferramenta foi coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) e reuniu profissionais das equipes municipais de vigilância epidemiológica e ambiental de 68 municípios. As chamadas ovitrampas são armadilhas que atraem fêmeas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, tornando mais sensível o monitoramento do ambiente.

No encontro, que aconteceu no último dia 16, a equipe da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde esclareceu as dúvidas sobre a implantação das ovitrampas e os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela SES-RJ para o início do projeto. Neste primeiro momento, os municípios selecionados foram: Macuco, Vassouras, Volta Redonda, Itaboraí, Nova Iguaçu, Itaguaí, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Cabo Frio e Saquarema. O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES-RJ, Mário Sérgio Ribeiro, explicou como será o processo de instalação das armadilhas e o monitoramento.

– O monitoramento do mosquito com ovitrampas é uma metodologia extremamente sensível. Ela simula o ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti. Essa metodologia tem característica de atração e funciona da seguinte forma: um vaso preto é preenchido com água e levedura de cerveja, que fica parada, atraindo as fêmeas dos mosquitos para a postura de ovos. Nele, é inserida uma palheta de madeira que facilita que a fêmea do Aedes coloque os ovos. Ela desova dentro da armadilha e os agentes de saúde realizam a coleta periódica desse vaso – disse Mário Sérgio Ribeiro.

A implementação da vigilância por meio das armadilhas foi apresentada pelo pesquisador do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), José Bento Pereira Lima. A gerente de doenças transmitidas por vetores e zoonoses da SES-RJ, Cristina Giordano, abordou o cenário epidemiológico das arboviroses urbanas no estado do Rio. Os agentes que compõem as equipes municipais de vigilância também assistiram a uma palestra sobre o “Fortalecimento da Entomologia para a Vigilância do Aedes”, ministrada pela consultora técnica da Coordenação Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde, Poliana Lemos.

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