Ação faz parte da 6ª fase da Operação Rodeio, que apura a contratação de empresa especializada na locação de veículos
Seis mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas foram cumpridos na terça-feira (10) na 6ª fase da Operação Rodeio, do Ministério Público do Rio (MPRJ), que apura fraudes em licitações na Prefeitura de Engenheiro Paulo de Frontin, no Centro-Sul Fluminense. O caso envolve a contratação de empresa especializada na locação de veículos.
Os mandados foram expedidos pelo 2º Grupo de Câmaras Criminais e foram cumpridos nos bairros do Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca e Jacarepaguá, no Rio. Foram denunciadas à Justiça nesta fase da operação 11 pessoas pelos crimes de frustração do caráter competitivo de licitação. As denúncias foram feitas pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, por envolver agente político com foro por prerrogativa de função. Os nomes dos denunciadosa não foram divulgados pelo MPRJ.
As investigações do MPRJ se baseiam em provas obtidas a partir de diligências diretas realizadas pelo órgão, incluindo medidas cautelares de busca e apreensão, além da quebra de sigilos telefônico e telemático. As conversas extraídas de aplicativos de mensagens revelam o conluio entre agentes públicos e empresários beneficiados pelo direcionamento da licitação. De acordo com a denúncia, os alvos dos mandados desta terça-feira atuaram de forma eficaz para fraudar e frustrar a competitividade do certame licitatório.
A operação MPRJ é mais um capítulo da conturbada situação que envolve a adminsitração do município. O prefeito Maneko Artemenko (União) teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral, em maio, por abuso de poder político e econômico. Além do prefeito, o vice Rodrigo Vaz (União) também teve seu mandato cassado. A Justiça Eleitoral entendeu que os dois usaram a máquina pública para se beneficiarem e para conquistar a eleição, incluindo contratações de funcionários fantasmas.
A decisão foi primeira instância e está em fase de recurso. A investigação que levou à cassação também envolveu o MPRJ. Maneko Artemenko, já havia sido afastado do cargo de prefeito em maio de 2023, no mandato anterior, por suspeita de fraude em licitações e uso de documentos falsos.
Com informações Agenda do Poder