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Médicos formados antes de 2004 podem ser dispensados de apresentar qualificação de qualidade para atuar no Rio

Médicos formados antes de 2004 podem ser dispensados de apresentar qualificação de qualidade para atuar no Rio

Medida aprovada em segunda discussão ajusta exigência prevista na Lei Moreno Moura e vale para profissionais que concluíram a formação antes da resolução do CFM

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta terça-feira (5), em segunda discussão, o texto que dispensa médicos formados antes de 2004 da obrigatoriedade de apresentar o Registro de Qualificação de Especialidade (RQE) para atuarem como especialistas nas unidades de saúde do estado. A proposta prevista no Projeto de Lei 3.612/24, de autoria do deputado Rodrigo Amorim (foto), do União Brasil, altera os critérios estabelecidos pela Lei 10.368/24, conhecida como Lei Moreno Moura, que veda a atuação de médicos generalistas ou residentes como especialistas na rede pública.

A nova regra visa alinhar a lei à Resolução nº 1.666/03 do CFM, publicada em 2004, que estabeleceu as normas para o registro de especialidades. A legislação vigente determina que os editais de contratação exijam titulação específica para o exercício da função de especialista e proíbe que profissionais sem RQE se apresentem como tais, sob pena de sanções éticas, administrativas e até criminais.

Morte de Moreno Moura na UPA

A Lei Moreno Moura foi elaborada após a morte do menino Moreno Moura Nascimento, de 2 anos, por insuficiência respiratória na UPA da Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, em março de 2024. O atendimento à criança foi feito por uma médica recém-formada, sem especialização em pediatria.

Ao justificar a proposta aprovada, Rodrigo Amorim afirmou que a mudança busca adequar a lei à realidade dos profissionais que concluíram sua formação antes da regulamentação do CFM.“A adequação se revelou necessária diante da delicadeza do tema, buscando alinhar a legislação ao que é previsto pelo próprio Conselho da categoria, além de garantir prazo razoável para que os médicos solicitem o RQE”, declarou o deputado.

O texto segue agora para sanção ou veto do governador do governador Cláudio Castor, que tem 15 dias para analisá-lo.

Com informações: Agenda do Poder

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