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Após racha na centro-direita, PP negocia aliança com Eduardo Paes

Após racha na centro-direita, PP negocia aliança com Eduardo Paes

Foi a primeira negociação objetiva com o grupo de Paes após o anúncio de Flávio Bolsonaro de que o PL não tem compromisso firmado com a candidatura de Bacellar

O racha da centro-direita carioca, após o recuo de Jair Bolsonaro no apoio à candidatura Rodrigo Bacellar, deflagrou intensa negociação envolvendo Eduardo Paes e partidos que antes estavam vinculados ao projeto eleitoral do presidente da Alerj. Semana passada, o presidente do PP fluminense, Dr. Luizinho, esteve na Gávea Pequena, onde conversou demoradamente com o prefeito sobre cenários de possíveis alianças com vistas à sucessão estadual.

Foi a primeira negociação objetiva com o grupo de Paes após o anúncio de Flávio Bolsonaro de que o PL não tem compromisso firmado com a candidatura de Bacellar. A conversa teve testemunhas de lado a lado. Paes estava acompanhado do vice, Eduardo Cavaliere, do deputado Pedro Paulo e do secretário Guilherme Schleder. Com Luizinho, o ex-prefeito Rogério Lisboa e o secretário Gustavo Tutuca.

No tabuleiro do xadrez em jogo, algumas peças foram cogitadas para a composição. Em um dos cenários, Rogério Lisboa seria o vice de Eduardo Paes.  Neste caso, a presidência da Alerj poderia ser negociada com outro grupo político. Em outra hipótese aventada, o Progressista ocuparia a presidência do parlamento fluminense com Gustavo Tutuca.

Figura de proa na cúpula da Câmara do Deputados, Dr. Luizinho é cotado para suceder a Hugo Motta na presidência da Casa. A negociação com o PSD fluminense abriria caminho para eventual apoio do partido ao projeto do atual líder do PP de comandar a Câmara em 2028. La pelas tantas, o tema veio à baila. Paes chegou a comentar que a hipotética eleição de Luizinho para presidência da Câmara seria primordial para o Rio, diante de tantos temas espinhosos a serem enfrentados  como a negociação da dívida com a União e a questão dos royalties no STF.

Obviamente, a conversa não foi conclusiva. Serviu apenas para destravar a negociação, antes interditada pelo possível apoio de Jair Bolsonaro à candidatura de Bacellar.

Eduardo Paes teria reagido bem às hipóteses de composição, chegando a afirmar que a aliança com PP é prioritária em seu projeto eleitoral. Um novo encontro deve acontecer nos próximos dias com a participação do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que foi informado previamente da reunião do partido parceiro na Federação União Progressista com o prefeito carioca.

Há 15 dias, num jantar na residência de Rueda em Brasília, no qual estavam presentes Ciro Nogueira, Dr. Luizinho e Cláudio Castro se conversou sobre a possibilidade de o PP e o União Brasil seguirem com Eduardo Paes, diante da decisão de Bolsonaro de retirar o apoio a Bacellar. Foi uma conversa preliminar, resultante da análise de cenários sobre a sucessão no Rio. A reunião com o prefeito carioca foi um desdobramento natural do encontro.

Vinculados a grupos políticos antagônicos nacionalmente, Eduardo Paes e Dr. Luizinho têm bom relacionamento. O vereador Felipe Michel, aliado histórico do presidente do PP fluminense, ocupa a secretaria de Envelhecimento Saudável da prefeitura carioca. Embora tenha se licenciado do PP, Michel, aos olhos da classe política, representa Dr. Luizinho na gestão municipal.

Contemporâneos no curso de Direito na PUC carioca, Ciro Nogueira e Paes também nutrem amizade há longa data. Informado, o presidente nacional do PP não fez objeções ao início da negociação.

Blog do Ricardo Bruno, com informações Agenda do Poder

Imagem: Jornal dos Municípios

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