Vereadores e secretário afirmaram ao MP que o agora deputado pagou R$ 160 mil por mês para comandar município; ele não foi denunciado e negou envolvimento. Bacellar é o nome da direita para concorrer ao governo do Rio em 2026 — Foto: Marcia Foletto
Possível candidato da direita ao governo do Rio, o presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União), foi citado em 2010 como peça central de uma investigação do Ministério Público do Rio (MP-RJ) sobre um esquema de “aluguel” da prefeitura de Cambuci, município de 14,6 mil pessoas na região Noroeste Fluminense. Três depoimentos de políticos locais a que O GLOBO teve acesso em um processo de mais de mil páginas apontam que o hoje deputado estadual e seu pai, o ex-vereador Marcos Bacellar, teriam combinado de pagar R$ 160 mil por mês ao prefeito Oswaldo Botelho, mais conhecido como Vavado, a fim de dar as cartas na cidade, onde brotavam denúncias de fraudes licitatórias. Os Bacellar são de Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, a cerca de 80 quilômetros de Cambuci.