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PF e PRF fazem operação contra grupo que adultera combustível para vender em postos do ES

PF e PRF fazem operação contra grupo que adultera combustível para vender em postos do ES

Ao todo, 15 pessoas foram presas, entre elas um ex-vereador da cidade de Duque de Caxias (RJ), apontado como chefe da quadrilha. Entre os presos também está um contador do ES, responsável por abrir empresas de fachada para operação do esquema

Foi realizada, na manhã desta terça-feira (12), uma operação para identificar e prender integrantes de uma organização criminosa responsável pela adulteração de combustíveis que são vendidos em postos da Grande Vitória. Também foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, sendo 21 na Grande Vitória, dois em São Paulo (nas cidades de Ribeirão Preto e Piracicaba) e quatro no Rio de Janeiro (na capital e nas cidades de Casimiro de Abreu, Bom Jesus do Itabapoana e Duque de Caxias. Medidas de sequestro de bens dos investigados também foram tomadas.

A Operação Naftalina foi conduzida pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que prenderam 15 pessoas, além de cumprirem medidas cautelares de suspensões de atividade econômica.

Um dos presos é um ex-vereador da cidade de Duque de Caxias, apontado como chefe da quadrilha. Segundo os investigadores, entre os presos também está um contador do Espírito Santo que foi responsável por abrir empresas de fachada para operação do esquema.

O crime

PF e PRF deflagraram operação contra criminosos que adulteravam combustível para vender em postos da Grande Vitória — Foto: PF/Divulgação

As investigações apontam que pelo menos desde o início de 2020, a organização criminosa já recebeu, de forma irregular, cerca de 1.375.352 litros de nafta solvente e 371.200 litros de álcool hidratado provenientes de outros estados, que são usados na adulteração.
Na sequência, as misturas adulteradas eram então distribuídas em pelo menos oito postos de combustíveis que pertencem à organização criminosa e estão situados em sua maioria no município de Cariacica. Os postos foram fechados.

Os bens usados nas operações ilícitas, como os caminhões e os postos de combustíveis, estão em nome de “laranjas”. Segundo a PF, são bens que foram adquiridos com o dinheiro proveniente da própria adulteração de combustíveis e de outros crimes.

Miliciano do RJ chefiava organização
As primeiras ações relativas à Operação Naftalina ocorreram após uma série de abordagens a veículos tanque realizadas pela PRF, que percebeu irregularidades nas notas fiscais de cargas de nafta solvente e álcool hidratado oriundos de outros estados.

Havia indicativos de empresas fantasmas, de fachada e de emissão de notas fiscais falsas por trás das cargas transportadas, o que dificultava a fiscalização durante o transporte.

As forças policiais apontam um miliciano do Rio de Janeiro, que é ex-vereador de Duque de Caxias, mas cujo nome não foi revelado, como o comandante da estrutura criminosa. O suspeito já está preso.

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